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  • Foto do escritorMila Oliveira

Talk: São Paulo Fashion Week part.1

Não sei como começar esse texto, na verdade estou a semanas sem saber por onde começar, o que escrever e o que fazer com essa experiência. Escrevi e apaguei incontáveis vezes, e espero que essa seja a última, já que agora decidi optar por uma abordagem mais sincera e direta com você, leitor.


Bom, por que não começar pelo começo? Meu primeiro desfile foi com uns 5 ou 6 anos, me chamaram para ser modelo, mas na época eu era tímida demais para aceitar, por dentro eu queria dizer sim, mas como sempre a ideia de ter pessoas olhando diretamente para mim já me dava calafrios. Eu nunca fui exatamente introvertida, mas sempre precisei de um pouco de segurança para me soltar e virar a real tagarela que sou, assim me contentei mais do que feliz em ir prestigiar uma tia que iria desfilar.

(Foto: Foto tirada pelo meu padrasto no backstage do desfile. Detalhe para a meia calça com saia, combinação que não sai do meu guarda-roupa até hoje)


Fiquei fascinada, amei as luzes, a interpretação e como as roupas eram estilizadas para que a narrativa fosse feita (me lembro de ter amado a roupa que uma garota, um pouco mais velha do que eu na época, estava usando e pedi para minha mãe gastar uma foto do rolo da câmera analógica com ela). Com a minha tia na passarela, eu fui em alguns desfiles, e não posso negar a influência que ela teve na minha vida, na verdade, cresci com mulheres incríveis ao meu redor e sinto que roubei um pouquinho do que eu mais admirava em cada uma delas, mas vamos voltar ao foco porque hoje vamos falar de desfiles!!


Antes de fazer esse texto eu nunca reparei como a moda e seus eventos sempre estiveram presentes na minha vida, mas é curioso como a cada esquina da minha vivência, em cada fase, tem pelo menos um desfile. Minha tia após alguns anos deixou se ser modelo, eu me mudei de cidade pela milionésima vez e a próxima experiência que contarei acontece em 2014 e em 2015, no ensino médio. O colégio da vez tentava ter uma visão mais cool e criativa, era tecnológico e todo ano tinha uma votação onde os alunos mandavam suas artes e escolhíamos os próximos uniformes, logo, todo ano tinha um desfile com alunos escolhidos para mostrar esses novos designs disponíveis para compra. No segundo ano fui chamada para participar, tinha o cabelo roxo, que eu mesma tinha cortado a pouco menos de um mês em uma madrugada no meu quarto com uma tesoura sem ponta, era alta em comparação com as outras pessoas e zero experiência com salto alto. Mas dessa vez aceitei e fui, sentei na cadeira da maquiadora que me fez um olho preto esfumado, uma quantidade de laquê impressionante no meu cabelo (que provavelmente deve ter feito da camada de ozônio uma peneira) e ele… A única coisa que tinha salto e que eu conseguia subir em cima sem cair, um tênis plataforma. Proibido me julgar, naquela época era moda.




Me chamaram novamente em 2015, no meu último ano naquele colégio. Foi uma experiência legal e uma das poucas situações que guardo com carinho desse colégio.

No final daquele mesmo ano fui chamada pela designer Renata Coelho para desfilar para ela no projeto Sweet Darkness, uma coleção de vestidos inspirados na subcultura japonesa lolita.



E assim achei que minhas conexões com os desfiles tinham acabado, mesmo que alguns anos depois eu tenha começado a costurar e em seguida trabalhei em uma loja de tecidos onde participavam de desfiles para mostrar as criações com as peças da loja, nunca mais cheguei a ir em um evento do tipo.


Claro que me imaginava indo em um desfile grande já que minha meta a um ano atrás quando me mudei para São Paulo depois que entrei para a faculdade de jornalismo era trabalhar com moda, mas jamais achei que seria tão rápido. Mais especificamente dia 20 de novembro.


Pela primeira vez fui em um desfile realmente grande, com marcas que admiro e pessoas que acompanhava de longe. O dia estava bem chuvoso, mas logo na entrada conheci umas pessoas super legais da staff da Isaac Silva, como o Gill Peixotto, definitivamente a pessoa mais espontânea e gentil que conheci lá. Ele me mostrou o backstage do show e me apresentou as pessoas por trás do projeto, essa foi uma daquelas experiências que você nunca esquece.



Também conheci estudantes como eu, repórteres, revi alguns rostos familiares que conheci desde que comecei a fotografar modelos, vi performances maravilhosas, designers sensacionais e fiquei ainda mais apaixonada por esse meio.


Sem dúvidas foi algo inesperado e espetacular!!


No post da parte 2 falarei mais sobre a minha experiência na SPFW.

“A constância não consiste sempre em fazer as mesmas coisas, mas aquelas que tendem para o mesmo fim.” - LUÍS XVI DE FRANÇA

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